Essa
é a pergunta que não quer calar! E que não pode se calar, pois quanto mais
fazemos esse questionamento, mais somos pressionados a ministrar uma aula que
envolva a participação do aluno, afinal, é necessário planejar as aulas, pensar
nos objetivos que queremos alcançar e desenvolver estratégias para que as aulas
sejam mais participativas e interessantes.
A
Bíblia diz em II Tm. 3.17, que o ensino da palavra é transformador. Esse deve
ser o pensamento de todo o professor da escola bíblica. O objeto de estudo da
sua aula, é algo que promove transformação, proporciona vitalidade e sabedoria.
Nesse sentido, os professores são apenas instrumentos de Deus, para que as
aulas sejam mais participativas e interessantes. Ser instrumento de Deus não é
simplesmente aceitar o ofício ou o cargo. Ser instrumento é aceitar a missão e
o dom do ensino. Isso implica em:
ü
OrAÇÃO – O ministério do ensino é realizado
debaixo da graça de Deus. A oração deve
ser uma constante na vida do professor.
ü
DedicAÇÃO - Dedicação é entrega. O professor que abraça o
ministério do ensino precisa dispor seu tempo para o planejamento das aulas,
para meditação e reflexão dos assuntos que serão ensinados e para gastar tempo
na busca de soluções criativas para melhorar seu desempenho em sala de aula.ü AplicAÇÃO- O ensino deve ser aplicado na vida do professor. Sua forma de ver a vida, e os seus ensinamentos não podem ser desassociados do seu testemunho.
Para planejar uma aula é preciso considerar as
seguintes questões:
2. O que
eu quero que os alunos aprendam sobre esse assunto?
3. Como eu
vou ministrar essa aula para que significativa na vida do aluno?
4. Que
recursos eu posso usar para alcançar meus objetivos?
Além
disso, o professor deve ter pleno conhecimento daquilo que está ensinando.
2. Atrair o
interesse e explorar o conhecimento do aluno
Um
dos maiores desafios para o processo de dinamizar o ensino é motivar o aluno, e
estimular sua participação na aula, mas isso é possível quando o professor
assume o compromisso com sua classe e principalmente quando se percebe dentro
do contexto de edificação da Igreja. É privilégio de cada professor está
inserido na obra de edificação da Casa de Deus, quando isso é evidenciado em
nossas vidas, surge naturalmente o desejo de dedicação ao ministério.
O
professor consciente de sua missão é incansável na busca de estratégias e
métodos para aperfeiçoar sua didática e atrair seus alunos com aulas
interessantes e dinâmicas.
Essas
tecnologias não substituem o professor, ao contrário são ferramentas usadas
para auxiliá-lo na transmissão da aula previamente planejada. Nesse sentido,
essas tecnologias educacionais merecem ser consideradas pelo professor no
processo de planejamento, pois por meio delas é possível:
ü Proporcionar aos alunos uma aula envolvente e dinâmica;
ü Democratizar o ensino;
ü Desenvolver uma leitura critica de assuntos correlacionados com a aula;
ü Permitir a troca de conhecimento.
Para
considerar as tecnologias educacionais no planejamento das aulas é preciso
observar os seguintes critérios:
ü Adequação quanto aos objetivos, conteúdo e interesse
ü Simplicidade na utilização e manuseio
ü Qualidade do recurso
ü Atratividade
4. Inserir
dramatizações, dinâmicas e estudo de casos na aula
Todos
nós sabemos que aulas dinâmicas melhoram o aprendizado. Na Revista Nova Escola. www.novaescola.com.br de novembro 2001, diz que: “A
dupla giz e quadro negro está cada vez mais ultrapassada”. Se de fato isso é
verdade, o que dizer então da exposição como único método de ensino?
Segundo a revista um estudo realizado pelo NTL -
Institute for applied Behavioral Science, organização americana especializada
em estudos sobre o comportamento humano, a retenção das informações
pelos alunos varia conforme o método utilizado pelo educador: aulas meramente
expositivas são menos eficazes do que as enriquecidas com exemplos práticos,
atividades lúdicas e discussões em grupo. ‘Aprendemos mais quando somos levados
a refletir e a estabelecer relações’ - explica o professor Sérgio Leite do
Departamento de Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas.
Veja abaixo os números levantados pelo instituto americano:
ü Palestra 5%
ü Leitura 10%
ü Audiovisual 20%
ü Demonstrações 30%
ü Grupos de discussão 50%
ü Exercícios práticos 75%
ü Ensinar aos outros e uso imediato 80%
5. Analogias e
contextualização
Na
analogia destaca-se a semelhança, similitude, parecença. É possível estabelecer
a identidade de relações entre os termos de dois ou mais pares, conceitos ou
situações. Com base nessa conceituação, as analogias podem nos ajudar a
entender um problema e identificando outras situações em que foram usados
modelos na construção do conhecimento científico. É importante ressaltar para o
aluno quando a importância da analogia e quando esta estratégia está sendo
utilizada pelo professor.
Contextualização
– É
trazer o conteúdo ensinado para a realidade do aluno. É aproximar o ensino para
seu cotidiano. É converter a teoria na realidade prática tornando os conteúdos
ensinados mais significativos e relevantes para o aluno. É dar significado ao
conteúdo e deve basear-se na vida social e nos fatos do nosso coditiano,
considerando a realidade dos alunos. Isso desperta o interesse do aluno que
estará motivado para o estudo e o aprendizado. Não considerar interesses da
vida do aluno na prática da sala de aula é decretar o desanimo e a falta de
interesse dos alunos.
Segundo
o Prof: Anderson Cezar Lobato em seu artigo: Contextualização: um conceito em
debate, diz que “O divórcio escola-vida, faz com que o aluno se desinteresse
pelo que é ensinado em sala de aula”.
Para uma aula mais dinâmica, os alunos precisam de um aprendizado que considerem a realidade em que vivem, fazendo-os pensar, analisar e refletir sobre os conceitos transmitidos.
6. Avaliar sua
postura como professor
O
professor também é considerado um recurso para dinamizar o ensino na Escola
Bíblica. Sim, o professor dinâmico, consciente de sua missão tem carisma, zelo
e compromisso com seus alunos.
Para dinamizar o ensino o professor precisa ser zeloso e dedicado. Planejar suas aulas é o primeiro indício de que o professor tem visão do ensino transformador do qual é participante. Eles deverão estar bem preparados não só dominando o conteúdo e as tecnologias didáticas, mas também deve buscar um relacionamento intimo e verdadeiro com o Senhor que o chamou e vocacionou para o ministério do ensino.
O
professor comprometido com Deus e com sua vocação terá em suas aulas a visão do
ensino transformador pela Palavra de Deus e seus alunos se sentirão alegres e
motivados, pois percebem que o ensino está associado ao testemunho de vida do
seu professor.
A
Escola Bíblica precisa de professores que:
ü Conscientes de seu papel na edificação da igreja;
ü Amam a Deus;
ü Buscam dinamizar suas aulas para melhorar o processo de ensino;
ü Procuram se especializar e aprofundar os seus conhecimentos;
ü São coerentes e se interessam pela vida do aluno, por suas vitórias e por construir um relacionamento saudável com sua classe;
ü São intercessores;
Nenhum
aluno consegue ser motivado com a presença de professores sem carisma, que
acham que sabe tudo, que são arrogantes, desinteressados, descomprometidos, desmotivados
e prepotentes.
O
professor é peça fundamental de motivação na Escola Bíblica. Assim como ele ensina, também aprende. Que
sejam abençoados por Deus na árdua missão de transmitir os valores eternos
pautados na bíblia. Que tenham visão do ensino e busquem o aperfeiçoamento do
Alto, para edificar seus alunos de graça e sabedoria e conhecimento bíblico.
Bibliografia:
Mello,
Rosangela Menta – Artigo: Tecnologia Educacional, 2004
Maranhão, Maria
Edmir - Importância da interdisciplinaridade e
contextualização, publicadas em 14/01/2009. Disponível: http://www.webartigos.comLobato, Anderson Cezar - Contextualização: um conceito em debate – Artigo publicado em 6/5/2008 Disponível: http://www.educacaopublica.rj.gov.br
http://ibaelaserena.blogspot.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brainstorming
http://www.slideshare.net/calaisgarcia/o-estudo-de-caso
Imagens – Google imagens
Eliene Pereira da Silva Dias – Educadora Cristã, Especialista em secretariado executivo. Membro da IB Filadélfia, Guará. eneiledays@yahoo.com.br. http://aprendei-de-mim.blogspot.com.
Artigo publicado na Revista O EDUCADOR.